Prince of Persia: Warrior Within



A série Prince of Persia vem amargando a geladeira da nossa querida Ubisoft já a alguns anos. Houveram lançamentos mornos para a 7 geração, sendo um spin off em 2010 e uma sequência pouco inspirada em 2014.

Podemos dizer que o grande momento da franquia foi seu ressurgimento na geração 128 bits, com Prince of Persia The Sands of Time. O Game foi lançado com um sistema totalmente adaptada para o 3D, mecânicas de batalha fluidas e a adição do controle do tempo. Essas novidades deram ao título o charme necessário para a construção de uma trilogia que já podemos considerar como clássica.

Hoje, falaremos sobre sua controversa continuação, o segundo game da série. Prince of Persia Warrior Within, foi lançado em dezembro de 2004 para o Playstation 2, Game Cube, Xbox e PCs com uma difícil missão: superar as qualidades e inovações trazidas pelo seu antecessor.


Artes espetaculares dos cenários são liberadas durante o game.


Enredo

No jogo anterior nosso personagem, conhecido apenas como o “Príncipe da Pérsia”, é enganado e acaba liberando as “Areias do Tempo” juntamente com suas maldições, transformando a população local em criaturas bizarras e descontroladas. Utilizando habilidades acrobáticas e a “adaga do tempo”, o Príncipe consegue alterar os acontecimentos salvando a si mesmo e parte do reino da Pérsia.

Em Warrior within descobrimos que o final desta história não foi nada feliz. Somos apresentados a um Príncipe amargurado após anos sendo caçado por uma criatura imortal, o Dahaka, gerado a partir das alterações temporais realizadas no primeiro game.

Sua única chance de sobreviver é enfrentar uma arriscada viagem até a ilha do tempo, uma fortaleza massivamente guardada por soldados e armadilhas. Este foi o local onde as areias foram geradas. Voltar no tempo e impedir sua criação é a única saída do personagem.

Essa é a aventura mais melancólica do príncipe e podemos sentir um tom “Soturno” durante toda a trama. Algumas ações tomadas durante a aventura levam o jogador a 2 diferentes finais. A família cogumelo é contra toda e qualquer forma de “spoiler”, então direi apenas que considero o chamado “Final Ruim” o mais condizente com o arco do personagem.


A Semelhança com o clã de Assassin's Creed está longe de ser coincidência


Jogabilidade

Em relação a Jogabilidade, além dos habituais “piruetas” e lutas com espada, a Ubisoft introduziu novos sistemas de finalizações muito mais “viscerais”, com ataques combinados utilizando duas armas. Temos uma arma principal que é substituída de acordo com o avançar do enredo, a secundária é obtida dos inimigos durante as batalhas. Com ela é possível criar golpes combinados ou atirá-la durante o combate. Existe um sistema de desgaste das armas, obrigando o jogador a estar sempre substituindo sua arma secundária.  


O tom mais “pesado” do game pode ser observado na finalização dos inimigos

Uma outra novidade é a integração entre o sistema de plataforma com o habitual “parkour” e as mecânicas de combate. Em algumas áreas, será necessário mesclar as duas habilidades, tornando o fechamento das fases muito mais desafiador e, em alguns casos, um pouco frustrante.

 

Misturar acrobacias e técnicas de combate é uma atividade corriqueira durante o game


Gráficos

Podemos observar uma grande evolução gráfica no segundo episódio da franquia. O príncipe está muito mais detalhado, com roupas puídas e podemos observar cicatrizes de batalhas. O cenário é incrivelmente trabalhado com um ar gótico nas transições para o passado e ambientes destruídos no presente. Alguns detalhes como a poeira caindo quando o personagem se agarra em um parapeito dão um charme especial ao ambiente.

 

As músicas instrumentais do oriente foram substituídas o Rock “Pesado” da banda Godsmack.


Relançamentos

Muito embora a nostalgia da sétima geração fale alto em nossos corações, nem sempre é possível jogar a versão original. Para quem quiser se aventurar em Warrior Within, existe uma conversão (bem capada) lançada em dezembro de 2005 para o PSP com subtítulo “Revelations”. Em 2011 a Trilogia foi relançada em HD para o PS3. Existe ainda a opção de se jogar a versão original de PCs que pode ser encontrada em algumas lojinhas online, por um preço extremamente camarada.


Vale a pena recordar?

Warrior Within tentou de todas as formas não parecer uma continuação preguiçosa. Novos elementos de jogabilidade foram incluídos e o enredo foi muito mais bem aprofundado, embora tenha se tornado um pouco confuso.

Em alguns momentos, a dificuldade desbalanceada e a necessidade de voltar em pontos específicos do cenário podem tornar a aventura maçante. A estética “Dark” e a violência explicita pode ser um ponto negativo, principalmente para aqueles que gostaram do tom mais bem-humorado e “leve” do primeiro jogo da trilogia.

Dito isso, sou obrigado admitir que tenho um carrinho especial pelo Game. Esse foi o primeiro título que joguei no PS2. Na época, fiquei totalmente admirado pelos seus gráficos “quase reais" e sua história apresentada em “Cutscenes” de alto nível.

Por esses motivos, apesar de todos os seus pequenos defeitos, não posso deixar de recomendar Warrior Within.


Bons jogos a todos.



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